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sábado, 31 de dezembro de 2016

Os jovens

O conto abaixo foi escrito pelo aluno Thiago Baron Berton...




Em uma noite sombria no ano de 1985, um grupo de jovens composto por Bili, Ronie e Eric estava indo para casa, quando de repente, apareceu um velho vestido de preto com uma coberta rasgada sobre seus ombros pedindo esmola.
Por estar com pressa, o grupo nem deu bola. O velho com raiva disse:

-      Hoje, dois de vocês vão morrer.

Depois do susto que o velho deu nos jovens, eles correram. Pararam em uma casa abandonada. Bili disse:

-      Não vou entrar.

Então, começou a chover e eles acabaram entrando. Naquela casa morou uma senhora louca que tinha assassinado um garoto que até hoje, ninguém havia encontrado o corpo. O chão da casa era de madeira, não tinha iluminação e a cada pisada era um ranger.
Eles, pelo fato de não terem nada para fazer dentro da casa, começaram a contar histórias de terror. Subitamente começou a soprar um vento forte, as janelas se abriam e ficavam batendo. Ronie e Eric correram para fechá-las.
Então, começam a ouvir vozes e grunhidos cada vez mais fortes. Um deles perguntou:

-      Quem está aí?

Nenhuma resposta. Começaram a rezar e uma voz muito baixa disse:

-      Não adianta rezar.

Eles com muito medo correram para fora, mas a chuva com raios estava muito forte. Ainda assim, eles não voltaram para dentro da casa. O mendigo de preto apareceu e enfiou uma faca no peito de Eric, matando-o no mesmo instante.
Os outros dois correram e pularam no rio que tinha na frente da casa. Na hora que eles mergulharam, o mendigo se escondeu atrás de uma árvore. Ao saírem, o mendigo enfiou a faca no Ronie e disse “Adeus”.
Logo após, ele deixou a faca na mão de Bili. Uma pessoa que passava pela rua, correu chamar a polícia.
Bili segurando a faca, sem palavras, caiu no chão e ficou observando seus amigos mortos. A polícia chegou e viu Bili caído no chão com a faca na mão. O policial prendeu ele que, por sua vez, começou a chorar e gritar:

-      Não fui eu! Não fui eu!


Depois de ter levado toda a culpa, Bili foi para a prisão e morreu assassinado em sua cela por outros presos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Poemas sentimentais

Os poemas abaixo foram escritos no estilo sentimental da 2ª Geração da Poesia Romântica no Brasil... Com base nas minhas aulas, no conhecimento obtido e através do sorteio de algumas palavras (para complicar um pouquinho) os alunos do 2ºE escreveram e se expressaram. Os melhores textos seguem abaixo... Boa leitura.



NOSTÁLGICO
(Thaís Gabrielle)

TAMANHA LIBERDADE
DOCE LEMBRANÇA,
TEMPO QUE NÃO VOLTA
SAUDADES, INFÂNCIA.

DO SILÊNCIO, O CHORO.
DA ALEGRIA, O RISO.
PEQUENA INOCENTE,
RICA EM ESPÍRITO.

EMBALADA NA GRAMA,
SOB O TETO DE ESTRELA.
VIAJANDO SOB A NOITE
(DES) COBERTA DE BELEZA.

DORMIR NO SOFÁ...
ACORDAR NA CAMA.
PEQUENA INOCENTE,
O OLHAR DE QUEM AMA.

  
 Noite(s) de amor
(Aline Regina Alves)

Na calada da noite
O amor renasce
E você se entrega para mim
Como se fosse a 1ºvez.

Na calada da noite
Uma estrela brilha
Bem mais forte do que eu.
Desesperadamente
No labirinto da minha mente
- onde tudo aconteceu...

  
Versos para a escuridão
(Victor Hugo Ribeiro)

Meus versos são singelos
como a solidão e as estrelas
ligadas feito elos.
Meu silêncio é o canto
de quem batalha até o fim
e faz da vida um jardim.

A noite indo e vindo  
 traz beleza de espírito
a todo sonho que morreu.
 Assim, encerro esses versos
para a escuridão que habita
dentro do meu eu.


Doce estrela
(Aline Hort de Souza)

De onde vem tanta beleza?
O que vai fazer com meu coração?
E esse sorriso peculiar
Que me faz sofrer na solidão?
Doce estrela da noite.
Espírito do amor correspondido.
 Incendeia-me com palavras sinceras
E sentimentais ao pé do ouvido.

Com você do meu lado
Não temerei nem a morte.
De rostinho colado
Quando o silêncio da noite cair,
Seguirei sendo mais forte
Se você estiver por aqui...


Você é estrela
(Ketlyn Vitoria)

Você é como uma estrela
Que brilha no meu céu.
Todo dia ao anoitecer penso em você,
Nesse amor, nessa escravidão peculiar...
Seu silêncio me leva à morte,
Pois persiste em me angustiar.
A sua beleza me fascina
E o seu olhar me (pre) domina
Cada minuto da noite estarei
Pensando nesse nosso amor (sur) real:
uma rainha à espera de seu rei...
  

Sentimentalismo
(Thaynee)

De noite ele vem e se assanha
E de modo tão fácil me ganha

Com seu estilo sedutor
Ele vem com seu amor
Com sua beleza peculiar
Me fez me apaixonar

Vou pedir pra aquela estrela
Guardar um segredo:
Perder ele é meu maior medo.
  

Estrela
(Ana Flávia Valim Otto)

Meia hora com ele é muito pouco
Seu jeito é peculiar e meio louco
Sua beleza é um tanto estonteante

Seu sorriso é uma estrela flamejante
Que sempre ilumina o meu dia
E acalenta minha agonia

Quando chega a noite
A solidão me abraça
E a saudade aumenta tanto
Que quase me mata

  
Um amor mais forte que a morte
(Alberto Júnior)

Um amor mais forte que a morte
tão intenso e sem sorte...
Um amor tão grande assim
não poderia ter fim...
Mas, enfim sucumbiu.
Simplesmente faliu
na mais profunda dor
que uma pessoa já viveu
de tanto sofrer de amor.


Sentimentalismo
(Larissa Ramos Pimentel)

O silêncio da noite acalma
apaixonados que apreciam
o amor na alma

Aquela estrela
Com sua peculiar beleza
ilumina sua face divina

A lua acende a paixão
e me aquece como seus olhos
quentes de verão
  

ANGÚSTIA
(Lorena Maria)

ESTRELAS NO CÉU COM SEU LUAR...
DIFÍCIL AVALIAR O QUE É PECULIAR...
COM TODA ESSA BELEZA,
SÓ ME RESTA ADMIRAR.

OS DIAS PASSAM,
A ANGÚSTIA PERMANECE.
QUANDO A NOITE APARECE,
APENAS O SEU OLHAR
VEM Á MINHA MENTE
 E ME PERSEGUE.

SONHOS TENHO CONTIGO
E NESSA MINHA FORMA DE VIVER
ME ABRIGO NO PERIGO
REFLETIDO EM SEU SORRISO.
  

Rima
(Brunno Henrique)

Acima
Clima
Beleza
Sutileza
Gentileza
Silencio
Vivencio
Noite
Açoite


O nosso amor
(Lucas Francisco Lopes)

A beleza do nosso amor é forte como a Morte
e é tão peculiar como se pudéssemos voar.
Por isso, nossa solidão é totalmente sem razão.
A sua natureza contém tanta realeza
Que a sua estrela brilhou para mim.
Nosso amor já floresce sem fim
feito flores num jardim...


Wal, por que tu Wal?
(Diogo Rodrigo)

Wal, por que tu Wal?
Se não fosse como tal
Não seria tão peculiar
Tu ser minha auxiliar

Wal, por que tu Wal?
Nesse silêncio,
Nesse espírito,
Nesse labirinto...
Meu amor seria
Todo teu Wal
E é como tal


O Anoitecer
(Yago Henrique Pontes)

Toda noite observo a escuridão,
Em silêncio na solidão.

A morte, algo obscuro,
Me desperta algo puro.
Toda noite eu a vejo.

Há tempos te desejo
grandiosa estrela
de peculiar beleza...


O que seria amor?
(Diogo Rodrigo)


Lindo como a noite,
Cortante como açoite,
Sério como o povo
Buscando algo novo...
Amor que é amor
Parece com a dor,
Tem uma beleza
Que é tão forte
Como a morte
Brilha como estrela
E é leve como seda.






quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Três vultos de Withlock



O conto abaixo foi escrito há algum tempo pela aluna Fernanda Veríssimo dos Santos (atualmente faz parte do 1ºE)...


         Na Grand Central Station, no ano de 1871, uma mulher um tanto jovem caminhava com seu vestido longo. Seus sapatos faziam ruído que chamava a atenção por onde quer que passasse. A cada passo estava mais próxima ao trem que a levaria para o norte, onde iria trabalhar na mansão Withlock para cuidar da sobrinha deficiente mental de um famoso empresário. 
“Ele nem ao menos perguntou se eu tinha alguma experiência”, pensou, “devia realmente estar desesperado por uma babá”. “Ele comentou que a última saiu às pressas sem dar motivo ou explicação”.
Chegando ao seu destino, viu que a mansão era cercada por uma grande e densa floresta de pinheiros negros como ébano. Havia uma neblina sinuosa no local, que impossibilitava a visão.
Seguiu a trilha por um lago escuro e sem vida. Mais a frente havia um labirinto de arbustos secos, que um dia poderiam ter feito Jane se perder. Chegando à porta de Withlock, Srta. Carlisle bateu.
Uma senhora magra, cheia de rugas e olheiras profundas - demonstrando que o tempo e o cansaço haviam deixado sua marca – atendeu. A velha não havia revelado muito sobre sua história, apenas mostrou o local e a deixou com Melissa, a esquizofrênica paranoica da família.
Todo dia no final da tarde, a babá levava Melissa para passear no píer do lago e ela brincava com uma boneca. “Por que diabos essa menina quer brincar com uma boneca no meio da neblina?” A babá avistou três figuras que a observavam e elas estavam encobertas pela neblina.
Mais tarde, uma vizinha revelou que uma tragédia havia ocorrido naquela casa e que Melissa havia presenciado tudo: um triângulo amoroso entre duas camareiras e o mordomo.
De início, a babá ignorou o que viu e continuou trabalhando, até que viu vultos se movimentando feito algas nas paredes. Eles não paravam de atormentá-la naqueles seis meses.
Procurou saber mais e descobriu que uma das camareiras matou o mordomo, pois sofria de um amor platônico por ele e desapareceu. Já a outra que era amada e era correspondida se matou pelo desgosto de ter perdido seu grande amor.

- Ela havia dado de presente uma boneca para a pequena Melissa antes de se matar; disse a velha.

       A babá resolveu se livrar da boneca e a jogou do píer no lago. 
Olhou pela neblina e viu o mordomo, uma camareira e uma face sombria... 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Paródias do poema "Canção do Exílio" de Golçalves Dias


         O poema mencionado acima é um dos mais conhecidos no Brasil e quiçá no mundo. Talvez por dois motivos: é o único que teve um trecho seu incorporado a um Hino Nacional - e pelo fato do mesmo ser um dos poemas mais parodiados de todos os tempos. Seguindo esta vertente, orientei e solicitei aos meus alunos do 2ºE que parodiassem "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias (tal poema pode ser acessado através do link http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/goncalves-dias-cancao-do-exilio/). O resultado segue logo abaixo, na íntegra, para o desfrute de todos... 


Seria uma parodia da canção do exilio
(Diogo Rodrigo)

Na minha antiga cela tinha vida
Hoje não há mais
Meu dengo de cela foi solto
Por bons gestos comportamentais

O guarda é meu amigo
Da até pra conversar ,
Mas por mais que eu fale
Ele não vai me libertar

Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer encontrou lá
Em saber que se me comportar
A pena posso abrandar

Na cela ao lado tem leitores
Shh ... EU QUERO ESTUDAR
Pois só vou conseguir cela especial
Se eu me formar.


 Parodia da Canção do Exílio
(Lucas Francisco Lopes)

Minha terra tem casas
Onde eu possa morar
Tem muitas vizinhanças
Que eu possa brincar

Nosso céu tem pássaros
Nas casas tem jardim
Quero viver aqui
Ate chegar o meu fim
  

Paródia - canção do exílio
(Matheus Henrique de Almeida Ennes)

Minha terra tem muitas estrelas
E se aponta-las na escuridão
É fatal, nascerá uma berruga
Bem na ponta do dedão

E eu sozinho à noite consigo
Vislumbrar algumas palmeiras
sem perder o doce encanto
dos sabiás, minhas estrelas


 Canção do exílio (paródia)
(Brunno Henrique)

Minha terra tem escola
onde eu possa estudar.
Mas, não tem asfalto
onde eu possa andar.
Lá tem o Samuel
que gosta de pastel
- ele come sem papel -
e é amigo do Gabriel.
Lá tem o refeitório,
que por vezes
parece um velório...
Na hora de ir embora
todo mundo colabora
e eu falo para a senhora
“Opa! Já deu a hora”.

  
CANÇÃO DO EXÍLIO PARANAENSE
(Lorena Maria)

MINHA TERRA TEM ARAUCÁRIAS.
MINHA TERRA É O PARANÁ.
AS GRALHAS QUE AQUI GRALHAM,
GRALHAM COMO SABIÁS.

NOSSO CLIMA É PREDOMINANTE
COM TODAS AS ESTAÇÕES NUM SÓ DIA.
ISSO PARECE ENTEDIANTE,
MAS VIVEMOS COM ALEGRIA.

NÓS TEMOS O SOTAQUE DIFERENTE.
QUEM É DE FORA NÃO TEM DO QUE RECLAMAR.
AQUI É A TERRA DO LEITE QUENTE
AQUI É O MELHOR LUGAR.

E AS GRALHAS? CONTINUAM A GRALHAR...
NÃO TEM COMO NÃO SE APAIXONAR.
NÃO SAIO DAQUI, OH, MEU PARANÁ...
AQUI É O MEU LUGAR.


 Paródia da dança
(Larissa Ramos Pimentel)

Minha terra tem palmeiras
e muita dança vem de lá.
Rapazes com suas parceiras...
E para onde vai o Sabiá?

A melhor época é a Primavera
em que eu danço sem parar...
Gosto tanto
que danço
 até cansar,
pois para dançar
não tem hora nem lugar.

Dançar é fácil e alivia.
Dançar me deixa feliz
e me faz ver a vida
mais linda e tão pura
como flor de anis...


Paródia da gordice
(Ana Flávia Valim Otto)

Minha terra tem palmeiras
E muita comida vem de lá.
A melhor época é o Inverno
Aonde como sem parar.
É a minha época preferida,
Pois comer me faz feliz,
Me faz ver a vida colorida.
Que cheirinho bom é esse
Chegando ao meu nariz?


 Nossas vozes
(Thaynee)

Nossa terra já não tem
palmeiras nem sábias
As aves já não cantam
porque não têm onde morar.

Nossas vozes já não cantam,
muito menos encantam.
Nem aqui nem lá.
Esperamos a crise passar.

O que acaba com o homem
é não ter onde morar.
Alguns querem, mas não vão alcançar
o sonho de conseguir um lar.

O maior objetivo do sistema
é poder calar a nossa voz,
se disfarçando sob o emblema
do que é melhor para nós…

  
Minha terra
(Ketlyn Vitoria)

Minha terra tem floresta
para podermos respirar.
Cada uma tem seu brilho
e todo brilho está no ar.
Todo ar revela vida
e toda vida é para amar.

Sob o luar eu nado à noite
e mais alegria encontro lá
Minha terra tem floresta
para podermos respirar.

Essa terra tem valor
que não encontro em outro lugar
Sob o luar eu nado à noite
e mais alegria encontro lá.
Minha terra tem floresta
para podermos respirar.

Não deixem isso acabar
porque um dia irei voltar
para desfrutar dos frutos
que não encontro pra cá;
para aproveitar cada floresta,
pois lá é o meu lugar.


Nessa Rua
(Junior Cesar Dos Santos)


Minha rua não tem asfalto
Para eu poder andar.
A lama que fica ali
Ninguém gosta de pisar.
Nosso governo não ajuda...
Nossa vontade é de gritar.
Nosso bairro tem muito lixo...
Dá vontade de chorar.


Amores
(Aline Regina Alves)

Minha terra tem amores.
O povo ama sem parar.
Os amores que aqui brotam.
Não brotam como os de lá.

Meu coração tem mais amor.
Meu sentimento mais calor.
Minha vida tem mais sentido
Que carrego para onde for.

Em ficar juntos à noite
Há um tempo para amar...
Os amores que aqui brotam
Não brotam como lá.

  
DI-VERSOS
(Thaís Gabrielle)

MINHA TERRA TEM CAPIVARAS
DO JEITO QUE LÁ NÃO HÁ.
TEM PINHÃO, TEM DIVERSIDADE...
CURITIBA, CAPITAL DO PARANÁ.

MAS, AGORA MUDANDO DE ASSUNTO,
PERMITA-ME DIZER:
AMOR... ISSO É COISA DE OUTRO MUNDO.

NESSA CONSTANTE BRINCADEIRA, ESTÁ TUDO ERRADO.
UM UNIVERSO TÃO IMENSO...
E QUEM SE GOSTA, FICA SÓ OU SEPARADO.

NÃO PERMITA DEUS QUE EU FIQUE
PERDIDA NESSA DIMENSÃO.
SÃO NESSES VERSOS QUE VOU CRIANDO,
FORMANDO UMA NOVA CANÇÃO.