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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Poemas sentimentais

Os poemas abaixo foram escritos no estilo sentimental da 2ª Geração da Poesia Romântica no Brasil... Com base nas minhas aulas, no conhecimento obtido e através do sorteio de algumas palavras (para complicar um pouquinho) os alunos do 2ºE escreveram e se expressaram. Os melhores textos seguem abaixo... Boa leitura.



NOSTÁLGICO
(Thaís Gabrielle)

TAMANHA LIBERDADE
DOCE LEMBRANÇA,
TEMPO QUE NÃO VOLTA
SAUDADES, INFÂNCIA.

DO SILÊNCIO, O CHORO.
DA ALEGRIA, O RISO.
PEQUENA INOCENTE,
RICA EM ESPÍRITO.

EMBALADA NA GRAMA,
SOB O TETO DE ESTRELA.
VIAJANDO SOB A NOITE
(DES) COBERTA DE BELEZA.

DORMIR NO SOFÁ...
ACORDAR NA CAMA.
PEQUENA INOCENTE,
O OLHAR DE QUEM AMA.

  
 Noite(s) de amor
(Aline Regina Alves)

Na calada da noite
O amor renasce
E você se entrega para mim
Como se fosse a 1ºvez.

Na calada da noite
Uma estrela brilha
Bem mais forte do que eu.
Desesperadamente
No labirinto da minha mente
- onde tudo aconteceu...

  
Versos para a escuridão
(Victor Hugo Ribeiro)

Meus versos são singelos
como a solidão e as estrelas
ligadas feito elos.
Meu silêncio é o canto
de quem batalha até o fim
e faz da vida um jardim.

A noite indo e vindo  
 traz beleza de espírito
a todo sonho que morreu.
 Assim, encerro esses versos
para a escuridão que habita
dentro do meu eu.


Doce estrela
(Aline Hort de Souza)

De onde vem tanta beleza?
O que vai fazer com meu coração?
E esse sorriso peculiar
Que me faz sofrer na solidão?
Doce estrela da noite.
Espírito do amor correspondido.
 Incendeia-me com palavras sinceras
E sentimentais ao pé do ouvido.

Com você do meu lado
Não temerei nem a morte.
De rostinho colado
Quando o silêncio da noite cair,
Seguirei sendo mais forte
Se você estiver por aqui...


Você é estrela
(Ketlyn Vitoria)

Você é como uma estrela
Que brilha no meu céu.
Todo dia ao anoitecer penso em você,
Nesse amor, nessa escravidão peculiar...
Seu silêncio me leva à morte,
Pois persiste em me angustiar.
A sua beleza me fascina
E o seu olhar me (pre) domina
Cada minuto da noite estarei
Pensando nesse nosso amor (sur) real:
uma rainha à espera de seu rei...
  

Sentimentalismo
(Thaynee)

De noite ele vem e se assanha
E de modo tão fácil me ganha

Com seu estilo sedutor
Ele vem com seu amor
Com sua beleza peculiar
Me fez me apaixonar

Vou pedir pra aquela estrela
Guardar um segredo:
Perder ele é meu maior medo.
  

Estrela
(Ana Flávia Valim Otto)

Meia hora com ele é muito pouco
Seu jeito é peculiar e meio louco
Sua beleza é um tanto estonteante

Seu sorriso é uma estrela flamejante
Que sempre ilumina o meu dia
E acalenta minha agonia

Quando chega a noite
A solidão me abraça
E a saudade aumenta tanto
Que quase me mata

  
Um amor mais forte que a morte
(Alberto Júnior)

Um amor mais forte que a morte
tão intenso e sem sorte...
Um amor tão grande assim
não poderia ter fim...
Mas, enfim sucumbiu.
Simplesmente faliu
na mais profunda dor
que uma pessoa já viveu
de tanto sofrer de amor.


Sentimentalismo
(Larissa Ramos Pimentel)

O silêncio da noite acalma
apaixonados que apreciam
o amor na alma

Aquela estrela
Com sua peculiar beleza
ilumina sua face divina

A lua acende a paixão
e me aquece como seus olhos
quentes de verão
  

ANGÚSTIA
(Lorena Maria)

ESTRELAS NO CÉU COM SEU LUAR...
DIFÍCIL AVALIAR O QUE É PECULIAR...
COM TODA ESSA BELEZA,
SÓ ME RESTA ADMIRAR.

OS DIAS PASSAM,
A ANGÚSTIA PERMANECE.
QUANDO A NOITE APARECE,
APENAS O SEU OLHAR
VEM Á MINHA MENTE
 E ME PERSEGUE.

SONHOS TENHO CONTIGO
E NESSA MINHA FORMA DE VIVER
ME ABRIGO NO PERIGO
REFLETIDO EM SEU SORRISO.
  

Rima
(Brunno Henrique)

Acima
Clima
Beleza
Sutileza
Gentileza
Silencio
Vivencio
Noite
Açoite


O nosso amor
(Lucas Francisco Lopes)

A beleza do nosso amor é forte como a Morte
e é tão peculiar como se pudéssemos voar.
Por isso, nossa solidão é totalmente sem razão.
A sua natureza contém tanta realeza
Que a sua estrela brilhou para mim.
Nosso amor já floresce sem fim
feito flores num jardim...


Wal, por que tu Wal?
(Diogo Rodrigo)

Wal, por que tu Wal?
Se não fosse como tal
Não seria tão peculiar
Tu ser minha auxiliar

Wal, por que tu Wal?
Nesse silêncio,
Nesse espírito,
Nesse labirinto...
Meu amor seria
Todo teu Wal
E é como tal


O Anoitecer
(Yago Henrique Pontes)

Toda noite observo a escuridão,
Em silêncio na solidão.

A morte, algo obscuro,
Me desperta algo puro.
Toda noite eu a vejo.

Há tempos te desejo
grandiosa estrela
de peculiar beleza...


O que seria amor?
(Diogo Rodrigo)


Lindo como a noite,
Cortante como açoite,
Sério como o povo
Buscando algo novo...
Amor que é amor
Parece com a dor,
Tem uma beleza
Que é tão forte
Como a morte
Brilha como estrela
E é leve como seda.






quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Três vultos de Withlock



O conto abaixo foi escrito há algum tempo pela aluna Fernanda Veríssimo dos Santos (atualmente faz parte do 1ºE)...


         Na Grand Central Station, no ano de 1871, uma mulher um tanto jovem caminhava com seu vestido longo. Seus sapatos faziam ruído que chamava a atenção por onde quer que passasse. A cada passo estava mais próxima ao trem que a levaria para o norte, onde iria trabalhar na mansão Withlock para cuidar da sobrinha deficiente mental de um famoso empresário. 
“Ele nem ao menos perguntou se eu tinha alguma experiência”, pensou, “devia realmente estar desesperado por uma babá”. “Ele comentou que a última saiu às pressas sem dar motivo ou explicação”.
Chegando ao seu destino, viu que a mansão era cercada por uma grande e densa floresta de pinheiros negros como ébano. Havia uma neblina sinuosa no local, que impossibilitava a visão.
Seguiu a trilha por um lago escuro e sem vida. Mais a frente havia um labirinto de arbustos secos, que um dia poderiam ter feito Jane se perder. Chegando à porta de Withlock, Srta. Carlisle bateu.
Uma senhora magra, cheia de rugas e olheiras profundas - demonstrando que o tempo e o cansaço haviam deixado sua marca – atendeu. A velha não havia revelado muito sobre sua história, apenas mostrou o local e a deixou com Melissa, a esquizofrênica paranoica da família.
Todo dia no final da tarde, a babá levava Melissa para passear no píer do lago e ela brincava com uma boneca. “Por que diabos essa menina quer brincar com uma boneca no meio da neblina?” A babá avistou três figuras que a observavam e elas estavam encobertas pela neblina.
Mais tarde, uma vizinha revelou que uma tragédia havia ocorrido naquela casa e que Melissa havia presenciado tudo: um triângulo amoroso entre duas camareiras e o mordomo.
De início, a babá ignorou o que viu e continuou trabalhando, até que viu vultos se movimentando feito algas nas paredes. Eles não paravam de atormentá-la naqueles seis meses.
Procurou saber mais e descobriu que uma das camareiras matou o mordomo, pois sofria de um amor platônico por ele e desapareceu. Já a outra que era amada e era correspondida se matou pelo desgosto de ter perdido seu grande amor.

- Ela havia dado de presente uma boneca para a pequena Melissa antes de se matar; disse a velha.

       A babá resolveu se livrar da boneca e a jogou do píer no lago. 
Olhou pela neblina e viu o mordomo, uma camareira e uma face sombria...